Suicídio

Coluna semanal no Jornal Correio Popular - 07 de abril de 2011
Vários são os motivos que levam uma pessoa a tentar ou cometer o suicídio. Os principais, entre as mulheres, são a decepção sentimental e os problemas domésticos. Já entre os homens, dificuldades financeiras e rejeição amorosa.
Outro fator importante na gênese do suicídio é a depressão, seja ela reativa ou psicótica.
O transtorno bipolar, em que o doente apresenta fases de depressão ou melancolia e de mania ou euforia, geralmente entrecortadas por períodos de lucidez, é, dentre as doenças mentais, o que mais leva o paciente a cometer suicídio.
O perigo maior acontece no momento em que o enfermo começa a melhorar da depressão. Na fase depressiva, em que a vontade é quase nula, ele dificilmente tem coragem para alguma coisa, até mesmo para se matar. Com isso, quando o depressivo mostra sinais de melhora, a família precisa ficar mais atenta e presente.
Também a pessoa que apresenta o transtorno antissocial ou personalidade psicopática está mais vulnerável a cometer suicídio do que os neuróticos, por exemplo. Eles apresentam traços suicidas. Veja-se o envolvimento desses indivíduos com as drogas e álcool, com o jeito perigoso de dirigir veículos, com os duelos em que se envolvem e os esportes radicais que praticam. Estas são formas inconscientes de buscar a própria morte. O psicopata, portanto, tanto pode matar quanto suicidar-se.
Aqueles que pensam com freqüência em morrer ou que já tentaram se matar, necessitam do amor de seus entes queridos e, certamente, da ajuda de um profissional de saúde mental.
A vida é uma preciosidade ímpar e merecedora de tudo quanto é possível para ser mantida.