quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Os pequenos poderosos

Os pequenos poderosos 25/02/2013 - 17h24 - Atualizado em 25/02/2013 - 17h30 CORREIO POPULAR A falta de limites, a que crianças são submetidas na educação familiar, é violência doméstica do tipo negligência. Os pais, em geral, ao optarem por esta forma de lidar com os pequenos, acreditam de modo equivocado, que estão proporcionando bem-estar, liberdade e demonstração de afeto. O princípio de realidade, isto é, a conscientização do que é correto, justo e permitido, é fundamental que seja ensinado de forma coerente pelos adultos que lidam com as crianças. A coerência diz respeito a não permitir algo que se havia negado anteriormente ou mesmo que o adulto faça o contrario do que havia pregado. O exemplo dado naquilo que se faz, é fundamental para ensinar as crianças. A noção de que existem regras, inerentes ao convívio social, e que elas precisam ser respeitadas para que o caos não se instale, deve partir, sempre, dos que educam. Deixar uma criança fazer tudo o que ela deseja é permitir que apenas sua vontade prevaleça. Ela não irá aprender que as pessoas devem ser consideradas e respeitadas. Também acreditará que o mundo existe para satisfazer suas vontades. Em casa, esse pequeno ser poderoso, decidirá sobre sua própria alimentação, vestimentas, horários, brincadeiras e até mesmo os locais em que irão. Para conseguir o pronto atendimento de suas pretensões, estas crianças fazem uso da birra, pois esta é a arma infalível que aprenderam a utilizar. Proporcionar uma infância sem regras, sem limites e com a falsa ideia de que na vida tudo é permitido, é legar aos filhos um futuro egocêntrico e narcisista. Quando sabemos que uma pessoa matou porque foi contrariada, atropelou ou chocou seu veículo contra inocentes porque cruzaram o seu caminho, quando estavam em alta velocidade – o uso de álcool e outras drogas são comuns nestas situações – são alguns exemplos que podem ser citados, a respeito daqueles que foram criados como pequenos poderosos e se julgam mais importantes que todos. TAGS | Maria de Fátima, colunista, Correio Popular

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