terça-feira, 7 de maio de 2013
Policiais irresponsáveis
Policiais irresponsáveis
Texto em minha coluna semanal no jornal Correio Popular
06/05/2013 - 16h24 - Atualizado em 06/06/2013 - 16h24 - Jornal Correio Popular - Campinas
A notícia exibida no programa Fantástico, da Rede Globo, neste domingo a respeito de uma “caçada” da polícia civil a um traficante no Rio de Janeiro, mais se parece com uma grotesca cena de filme do que um episódio real.
A irresponsabilidade dos policiais, que na tentativa de abater o criminoso, provocaram uma chuva de balas sobre várias ruas, casas e prédios, é chocante.
Eles agiram como se fossem deuses, decidindo sobre a vida e a morte das pessoas, afinal, quem estivesse ao alcance das balas, poderia ter morrido. Estranhamente, ninguém foi atingido ou quem sabe nenhuma pessoa teve coragem de denunciar o ocorrido, na época, caso tivesse sido alvejada.
Também deve chamar a nossa atenção o fato de terem eles atirado em um local habitado por pessoas menos favorecidas economicamente. Acredito que nunca eles teriam agido daquela forma nos bairros em que reside a elite carioca.
Os agentes policiais pareciam entorpecidos, ao narrarem a ação que executavam. Ficou evidente que apenas atingir e matar a caça era o que realmente importava, mesmo que para isto muitos inocentes morressem.
É inadmissível que a própria polícia provoque a morte, de quem quer que seja, em situações aonde ela detém o controle.
Se os policiais tinham a intenção de fazer o trabalho que é deles, jamais poderiam ter agido daquela forma, afinal, a polícia deve prender criminosos e não executá-los.
Mas, em nosso país, a tarefa de investigar e levar para a prisão os delinquentes parece estar distante de muitos policiais.
Fora a questão específica de tentar matar friamente uma pessoa, como aconteceu neste episódio, também existe o absurdo de atirarem em locais públicos. Além das balas que atingiram casas e prédios, o helicóptero poderia ter sido alvejado de tal forma a provocar um grave acidente.
Policiais precisam, sempre, conterem seus impulsos homicidas e protegerem todos que a eles confiam a segurança pública.
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