terça-feira, 21 de maio de 2013

Transporte público previne violência

Transporte público previne violência - Jornal Correio Popular - Campinas Texto em minha coluna semanal. 20/05/2013 - 18h33 - Atualizado em 20/05/2013 - 18h37 | O transporte público de qualidade e preço convidativo é uma das formas de se prevenir a violência. O fato de uma pessoa ficar durante muito tempo em congestionamentos faz com que fique mais irritada. A irritação é um estado que pode levar alguém a agir com agressividade. Os desentendimentos no trânsito, em muitos casos, já são reflexos desta condição psicológica. As grandes cidades atualmente não são as únicas que apresentam trânsito congestionado e caótico, esses problemas, já chegaram aos pequenos centros urbanos. A única alternativa, para dizimar o trânsito pernicioso, é o oferecimento de um transporte público diferente deste que hoje temos em grande parte do país. Esta mudança é apenas possível se existir vontade política para isto. Vejamos as principais mudanças que deveriam ocorrer: os ônibus teriam os degraus abolidos, permitindo que todos tivessem livre e cômodo acesso a eles; os pontos mostrassem o tempo para a chegada do coletivo; o tempo de espera não deveria ultrapassar dez minutos; o preço da passagem deveria ser bem menor, com isso, ele ficaria muito mais em conta do que utilizar o carro; também houvesse mais opções de itinerários que se cruzam, permitindo que longos trechos fossem feitos rapidamente; e, também permitissem que o acesso a metrôs e trens fosse facilitado. Este tipo de transporte existe em muitas cidades de países desenvolvidos. Aliás, o metrô é parte crucial para o deslocamento dentro das cidades e, nos trechos intermunicipais, os trens dariam conta da demanda. Se ao invés de se levar quarenta minutos para chegar ao trabalho ou escola, o tempo não fosse superior a quinze, certamente, o estresse diminuiria. A boa qualidade de vida seria uma consequência, pois teríamos mais tempo para o descanso, lazer e relacionamentos familiares e pessoais. Veja-se que os gastos públicos com saúde também diminuiriam. Não existe outra solução nas cidades, a não ser, esta mudança radical de respeito e cuidado com todos nós.

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