terça-feira, 3 de setembro de 2013
Ausência de marcas na pedofilia incestuosa
Ausência de marcas na pedofilia incestuosa
02/09/2013 - 15h10 |
Ultimamente tenho me deparado com vários casos de pedofilia incestuosa contra crianças de tenra idade. Nesses casos, a criança pode nem sequer ter noção de que sofre uma violência sexual, por não entender o que está acontecendo, visto que não tem conhecimento suficiente para reconhecer tal agressão.
Em geral, é o pai quem comete o crime contra a filha. Nos casos a que me refiro, os pais não viviam juntos, principalmente por terem se separado por motivos de incompatibilidade na relação conjugal.
A sedução é uma das formas encontradas pelo genitor para conseguir perpetrar o ato contra a criança. E esse ato sexual, na maioria das vezes, é a masturbação. Inclusive, ele pode dizer para a pequena criança que se trata de carinho, e ela, com toda a sua ingenuidade, acredita nisso.
Ele também poderá agredi-la no momento do banho, como se o que fizesse fosse apenas um cuidado de higiene.
Geralmente ele não deixará nenhuma marca na genitália da filha, inclusive, como forma de se safar de uma acusação. Afinal, não existindo nenhuma marca, não existirá uma prova material do crime. Ficará a marca devastadora na psique, que será comprovada através de testemunhos e avaliação pericial.
Mas nem sempre a palavra da criança é considerada como verdadeira, pois ela naturalmente tem fantasias, tão comuns nessa fase da vida. Mas nenhuma fantasia tem um conteúdo sexual, caso ela realmente não seja exposta a ele.
Crianças costumam ser sinceras, até mesmo chegam a colocar em situação embaraçosa os adultos, quando falam o que não deveria ser dito.
O fato de a criança masturbar-se compulsivamente, já é um indício de que algo inusitado está ocorrendo com ela. Quem diz que esse ato é prazeroso e por isso a criança o faz, tem razão, mas não quando isso acontece de modo frequente. Haja vista que não estamos acostumados a ver crianças em sessões de masturbação, nas escolas, nas ruas, em casa ou em qualquer outro lugar, simplesmente por buscarem prazer.
Tenho observado que a justiça, apesar de avaliações profissionais que afirmam a violência sexual e de testemunhos de pessoas isentas, pode preferir acreditar na negação do abusador, do que em todas as evidências apresentadas. O agressor sexual raramente assume o crime praticado.
O genitor contará com a falta de provas materiais, que conscientemente cuidou para que não ficassem, quando violentou. Portanto, pode permanecer a dúvida de que seria mais uma fantasia da criança ou da mãe.
As visitas, quando estavam suspensas ou eram supervisionadas, voltam a ocorrer livremente e as pequenas crianças ficam à mercê de seus algozes, com a permissão da justiça, que deveria tê-las protegido ao invés de atirá-las aos lobos.
http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/09/colunistas/maria_de_fatima/96160-ausencia-de-marcas-na-pedofilia-incestuosa.html
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