terça-feira, 24 de setembro de 2013
Festa e morte na universidade
Festa e morte na universidade
23/09/2013 - 15h28 | - Jornal Correio Popular online
A morte do estudante Denis Papa Casagrande do curso de engenharia e controle de automação, da Unicamp, neste final de semana mostra a fragilidade do sistema de segurança da universidade. Segundo a administração, a festa não era autorizada, portanto, clandestina. É estranho que uma festa que havia sido anunciada pela internet e pela, também clandestina, Rádio Muda tenha se realizado aos olhos e conivência da vigilância do Campus.
Para justificar a realização da festa, a universidade informou em nota para a imprensa, que os participantes haviam invadido o local e a polícia militar fora acionada às 23h. A polícia, também em nota, afirma que não houve registro da chamada e que apenas foi solicitada a socorrer, às três e meia da madrugada, uma pessoa que havia se envolvido em briga.
Foram cerca de três mil participantes da festa. Ambulantes vendiam bebidas e comidas livremente. Como foi possível a todas estas pessoas entrarem sem permissão?
Se a universidade permite que festas sejam realizadas – muitas testemunhas e ambulantes afirmaram que estas festas são comuns – jamais poderia ignorar a necessidade da presença de seguranças.
Um fato que também chama a atenção, é a venda de bebidas alcoólicas na universidade.
Festas, independentemente de onde aconteçam, dão gastos com limpeza e eletricidade, só para citar alguns, e é com dinheiro público que estes gastos foram cobertos.
Em relação à morte de Denis, testemunhas disseram à polícia que o motivo foi ciúmes por parte de Anderson M. Mamede, que não é estudante da Unicamp e que outros quatro ‘punks’ também espancaram o rapaz, mesmo depois de ele estar inconsciente. Além do espancamento, ele também foi esfaqueado.
A família Casagrande, residente em Piracicaba, jamais havia imaginado que o filho, ao invés de sair formado pela universidade, de lá sairia morto por homicídio.
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