terça-feira, 19 de novembro de 2013
Caso Joaquim - criança cruelmente assassinada
Texto em minha coluna semanal no Jornal Correio Popular
A precoce morte do garoto Joaquim Ponte Marques, de apenas três anos, chocou a todos. Ele foi morto dentro de sua casa e isto já pode mostrar que o seu assassino morava com ele. As suspeitas pairam sobre sua própria mãe (Natália Ponte), e sobre o padrasto (Guilherme Longo). Este, inclusive, é o principal suspeito.
O rapaz era usuário de cocaína e segundo depoimentos, eventualmente tinha recaídas no uso da droga, visto que passou por tratamento em clínica especializada. O casal havia se conhecido nesta instituição, em que ela era psicóloga. Eles também tinham um filho de quatro meses.
Joaquim, também segundo depoimentos, tinha um bom relacionamento com o padrasto. Conhecidos de Guilherme relatam, informalmente, que ele é uma pessoa agressiva e egocêntrica. Seus pais na tentativa de protegê-lo, dizem que ele é avesso à violência.
Guilherme, e eu acredito que foi ele, matou a criança utilizando alta dosagem de insulina, visto que a criança recentemente começara a fazer tratamento de diabetes.
As explicações de Guilherme que não convencem seriam, inicialmente, que dias antes havia se autoaplicado uma grande dose do remédio para acalmar-se. De acordo com especialistas, isto provocaria exatamente o contrário, portanto, não o acalmando. Vejo que esta dosagem exagerada que ele relatou ter usado foi para criar um álibi de que havia sido aplicada nele e não na criança. Isto mostra que ele sabe perfeitamente o que causou a morte do menino.
Outra atitude pouco convincente de Guilherme é a de que ele tentou o suicídio com a ingestão de dez comprimidos de calmante. Veja-se que este não é o modo usual de homens suicidarem e ainda, ele realmente não queria morrer, pois foi socorrido a tempo, deste modo a sua própria morte não era de fato o seu objetivo.
É também importante a questão de que em setembro Guilherme teve outra recaída no uso da droga, que segundo ele, desgastou a relação com Natália. Foi neste mês que descobriram que a criança tinha diabetes. Isto mostra que a doença da criança incomodou o rapaz, que certamente é ‘mimado’ e deixou de sentir-se o centro das atenções da esposa e voltou a usar a droga. Por ser Guilherme uma pessoa egocêntrica, quem é ‘mimado’ geralmente apresenta esta característica, seguramente tinha inveja da atenção dada por Natália ao filho.
As imagens mostradas dele, em uma delegacia, evidenciam a sua agressividade e brutalidade, quando fecha a porta para não ser filmado. Preste atenção de que o pai de Guilherme, Dimas, estava dentro da sala e o rapaz esbarra nele, como se ele sequer existisse. Provavelmente era assim que ele lidava com as pessoas, sem se de fato importar-se com elas.
Foi veiculado na mídia que Guilherme disse que na noite do crime havia saído para comprar cocaína e não encontrou, retornando para casa. Esta é mais uma mentira, pois um viciado que sai em busca da droga não volta sem tê-la consumido na rua, ou, para consumi-la em casa. Portanto, o rapaz mente para se safar do indiciamento. Ele saiu sim, não para comprar drogas, mas para livrar-se do corpo do pequeno Joaquim.
Outro fato que chama a atenção é o de que o senhor Dimas, na madrugada do desaparecimento da criança, passou de carro em frente à casa do casal e segundo ele, para verificar se estava tudo bem, pois o filho tinha ‘surtado’ no dia anterior por causa da dependência de drogas. Este senhor também mente, visto que seria muito mais fácil ter telefonado para eles, caso realmente quisesse saber se estava tudo certo, ao invés de sair de madrugada para verificar pessoalmente. Aqui existe uma semelhança com o caso dos Nardoni, em que Alexandre também solicitou a ajuda do pai depois que matou a filha Isabella.
Chama-me a atenção o choro de Natália nas diversas vezes em que foi filmada. Não há lágrimas e isto remete ao choro artificial de Suzane Richthofen no enterro de seus pais.
Posso crer que Natália sabia da morte da criança, provocada por seu companheiro, e, de alguma forma compartilhou com a saída encontrada por Guilherme em se desfazer da criança morta, jogando-a no córrego próximo de sua casa.
Crimes praticados com esta frieza são típicos de psicopatas, que é uma pessoa fria, insensível, egocêntrica e manipuladora, dentre outras características.
A mãe da criança pode não ter participado ativamente da morte do filho, mas ela procurou proteger o marido, não o denunciando de imediato como o autor do crime e com isto, ela é cúmplice deste bárbaro homicídio.
http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/11/colunistas/maria_de_fatima/121982-caso-joaquim.html?fb_action_ids=3616696151493&fb_action_types=og.recommends&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582
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