terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Serial killer de Mogi
Texto em minha coluna semanal no dia 09/12/2014.
Nos últimos dias a polícia prendeu o jovem Jonathan Lopes de Santana, de vinte e três anos, por matar pelo menos seis pessoas em Mogi das Cruzes. Destas vítimas, quatro foram decapitadas.
A intenção do assassino serial, ao que tudo indica, era matar trinta e um moradores de rua. Segundo ele, este grupo foi escolhido por ‘não se integrarem à sociedade, já que não pagavam impostos’. Uma das vítimas foi considerada por ele como moradora de rua, quando na verdade não era, mas sim uma senhora que seguia para o trabalho. Para o delegado, o homicida revelou ter sido influenciado, em relação à decapitação, por terroristas sírios e iraquianos, através de vídeos assistidos na internet.
Ainda segundo a polícia, haviam dois sinais feitos em seu próprio corpo. Um deles era o desenho de um machado, no braço, e, outro na perna, o número 36.
Parece-me que ao informar que mataria trinta e um moradores de rua, na verdade já havia matado outros cinco – além destes cinco já considerados como suas vítimas – e a senhora que fora confundida, não entrou neste rol macabro. Tal hipótese eu levanto porque ele havia escrito o número 36 e com isso, ele já matou pelo menos onze pessoas.
Este matador planejou seus crimes, procurou não ser identificado – ao usar blusa com capuz para esconder o rosto – e empreendeu fuga. Este tipo de atitude não condiz, em geral, com doentes mentais, mas sim com psicopatas. O doente mental comete o crime na frente dos outros ou não foge, pois acredita que sua atitude é correta e não criminosa.
Jonathan, ao contrário, tentou safar-se e sabe que o que fez é repreensível. Alguém que age deste modo frio e sádico, geralmente, sofreu violência doméstica na infância. Até mesmo a falta de limites, quando se permite que uma criança faça tudo o que deseja, pode leva-la a desenvolver este tipo de psicopatia.
O psicopata tem plena consciência de suas ações, portanto, sabe o que faz. Com isso, pode reprimir-se e não cometer atrocidades. Deste modo, ele deve ser punido como um criminoso comum.
O fato de este assassino matar tantas pessoas em um curto espaço de tempo, além de ser em local público, mostra a precariedade do aparato policial nas cidades paulistas. Se desde a primeira vítima decapitada, já houvesse um eficiente trabalho investigativo, todas as outras seriam poupadas.
http://correio.rac.com.br/_conteudo/2014/12/colunistas/maria_de_fatima/228549-serial-killer-de-mogi.html
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