terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Desarmar os bandidos

Muito se fala que é preciso desarmar os bandidos, e isso, ninguém contesta. Algumas medidas que podem diminuir o número de armas nas mãos dos criminosos são: que as pessoas não-criminosas deixem de ter armas, que a corrupção existente na polícia e no Poder Judiciário comercializando armas acabe, que exista fiscalização constante nas ruas e veículos em busca de armas, que nossas fronteiras não permitam o tráfico de armas, que as cargas das aeronaves sejam inspecionadas para a apreensão de armas, que as crianças e adolescentes tenham uma educação voltada para o desarmamento, que não se exiba programas infantis em que armas são usadas e que a sociedade se volte para o repúdio às armas. Creio que estas seriam algumas medidas eficazes para desarmar os bandidos! Alguém pode perguntar qual é a relação existente entre a arma nas mãos dos bandidos e o fato de pessoas não-criminosas terem armas? É simples, a grande maioria das armas apreendidas com os criminosos já foi legalizada, portanto, foram registradas por pessoas que não eram delinquentes. Disto, também não se pode duvidar, não é? Afinal, o criminoso não teria todo o trabalho de conseguir uma arma legalmente, e ainda, registra-la com o seu próprio nome, é óbvio. Ah, essa informação vem da Secretaria de Segurança Pública e Ministério da Justiça, que revelam ser de 73% o número de armas usadas pelos criminosos que já foram registradas, e, portanto, roubadas ou furtadas por eles. Já a polícia que existe para proteger a sociedade, tem maus elementos que despudoradamente comercializam armas apreendidas, fazendo-as voltarem ou chegarem nas mãos dos bandidos. Tal conduta traidora desses policiais, que certamente são poucos, também permite que os bandidos continuem armados. O Poder Judiciário, na figura de funcionários que furtam armas que lá estavam como prova de crimes, e vendem para os bandidos, também alimentam estes com armas. Tanto a polícia quanto estes funcionários do judiciário que assim agem, são pessoas comparáveis àqueles para quem vendem as armas. Deviam ser descobertos, sempre, para serem punidos com o rigor da lei. Quanto à fiscalização em ruas e em veículos de qualquer espécie, caso fosse rotina da polícia, certamente faria com que muitos não se arriscassem a sair portando uma arma. E essa fiscalização deveria ser mais intensa nas fronteiras e nas cidades que apresentam altos índices de violência. A educação, esta é uma das maiores aliadas de qualquer iniciativa para que as armas saiam das mãos dos bandidos. Se tanto a educação familiar quanto a educação formal sempre ensinassem o quanto as armas são perigosas, pois elas ferem, elas matam, elas inibem as vítimas em roubos, em estupros, em sequestros e em tantas outras modalidades de crimes, que só existem exatamente porque elas estão disponíveis, viveríamos em uma sociedade mais pacífica. A mídia, quando exibe programas infantis ou mesmo juvenis, em que armas são largamente utilizadas, também está contribuindo para que este público se dessensibilize quanto ao uso de armas, isto é, elas fazem parte de seu cotidiano. Cotidiano este que pode ser marcado pela violência! http://correio.rac.com.br/_conteudo/2015/02/colunistas/maria_de_fatima/242522-desarmar-os-bandidos.html

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