terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
Depressão pós-parto
Texto em minha coluna semanal do dia 23/02/2016.
A depressão pós-parto é muito mais comum do que se imagina. Ela não deve ser confundida com psicose puerperal, doença manifestada em mulheres que apresentam estrutura de personalidade psicótica, portanto, com incidência muito menor.
A gravidez, assim como o período menstrual e menopausa, provoca alteração hormonal e desta forma, é possível que a sensibilidade da mulher seja afetada. No período menstrual, inclusive, é frequente que a mulher fique mais ansiosa e irritada, geralmente nos dias que antecedem a menstruação – a chamada tensão pré-menstrual.
Já a depressão pós-parto pode levar a mulher a negligenciar os cuidados básicos da criança, além de “recolher-se” e evitar contato com as pessoas. Quando este problema ocorre, ela precisa de muita compreensão de todos, para conseguir se fortalecer e transpor este amargo período que vivencia.
Na psicose puerperal, doença grave que pode acometer a mulher-mãe, em geral até seis meses após o nascimento da criança, a enferma apresenta sérias alterações de comportamento. Pode mostrar-se agressiva com o filho recém-nascido e neste caso, é fundamental que seja separada deste ou vigiada o tempo todo, para não cometer um ato violento contra a criança. Este tipo de doença necessita de intervenção psiquiátrica, para que os sintomas sejam amenizados, sendo eles formados por delírios e alucinações.
Quanto à depressão pós-parto, pode existir a necessidade de medicação e quando possível, a mulher deve procurar a ajuda de um profissional de psicologia, visto que a depressão é indicativa de que algo não está bem com ela.
Independentemente se ocorre a depressão ou a psicose pós-parto, o carinho da família e dos amigos são essenciais para a recuperação da mulher. O companheiro será figura fundamental, tanto nos cuidados com o bebê quanto no amor demonstrado por ela.
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