terça-feira, 7 de março de 2017

Dia Internacional da Mulher

Texto em minha coluna semanal no Jornal Correio Popular de Campinas - 06/03/2017 Pouco se tem a comemorar no Dia Internacional da Mulher. O feminicídio, a violência de gênero, as desigualdades salariais e o preconceito de um modo geral contra a mulher, ofuscam qualquer comemoração! Vejam-se as mutilações, apedrejamentos, cárcere privado e tantas outras formas de agressão que acontecem contra a mulher em nome da “cultura” de muitos países. Assassinos covardes e cruéis, quando condenados, pouco ficam nas prisões brasileiras e com isso, mães, esposas, irmãs e filhas são mortas gratuitamente. Haja vista Elisa Samúdio, morta por ter solicitado reconhecimento de paternidade e pensão para o filho que teve com o goleiro Bruno. Nossa justiça o liberou, para responder ao crime em liberdade, mesmo quando o corpo desta mulher nunca foi encontrado, para ter um sepultamento digno por seus familiares. No início do ano, aqui em Campinas, Sidnei R. Araújo empreendeu massacre contra sua ex-mulher e muitos familiares desta. Dezenas de mulheres são mortas todos os dias e seus algozes são beneficiados por condenações leves ou permanecem livres, até o final do julgamento. Isso, evidentemente, é claro, quando são pegos e levados à justiça. Mulheres criminosas recebem penas muito maiores que seus companheiros e, na prisão, ficam muito mais tempo confinadas. Algumas, condenadas apenas por estarem ao lado de seu marido, que é traficante. O machismo é um câncer social e ele aniquila a paz e a felicidade que deveriam estar presentes nos lares, que com ele, deixam de ser “doces”. http://correio.rac.com.br/_conteudo/2017/03/colunistas/maria_de_fatima/471378-dia-internacional-da-mulher.html

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