sábado, 12 de fevereiro de 2011

Caso Bruno

Texto publicado em minha Coluna semanal, no Caderno Cidades, Jornal "Correio Popular" de Campinas, dia 15/07/2010.

O goleiro Bruno, ao mandar matar a modelo com quem tivera um caso, confiou que não seria punido.
Essa idéia da impunidade existe porque alguns cidadãos acreditam estar acima da Lei. Estes sujeitos demonstram uma completa falta de respeito aos valores humanos. São eles indivíduos que fazem o que querem e na hora que querem, claro, desde que pensem que não serão pegos.
Mandar matar uma pessoa apenas porque ela incomoda ou atrapalha alguns planos, já é sinal de que estamos diante de alguém que não respeita limites. Quem age assim vê o mundo narcisicamente, e, tudo deve estar à sua disposição.
Trata-se de pessoas insensíveis, sádicas e manipuladoras.
É só lembrarmos o quanto esse assassino ria dias atrás, treinando com o seu time. Ele procurou, com isso, aparentar que nada temia, como uma forma de provar sua inocência. Mas essa atitude descontraída já era uma nítida demonstração de sua culpa, pois estranho é alguém perder uma pessoa por quem tivesse algum carinho e nada sentir. A meu ver, caso ainda existisse alguma dúvida, ao agir assim, ele deu evidências de sua culpa.
Indivíduos que agem dessa forma são considerados psicopatas. Até existe a crença de que eles são muito inteligentes, mas não é verdade, haja vista que ficou óbvio, desde o desaparecimento de Eliza, que ele seria o principal suspeito em ter sumido com ela.
Não podemos deixar de considerar, também, o quanto a polícia deu-lhe salvo conduto, quando Eliza o acusou de tentativa de abortamento e ele não foi processado por isso. Esse também foi um dos motivos que o levou a acreditar que poderia cometer outro crime e sairia ileso.
A polícia se é séria protege a vítima e não o criminoso.

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