Texto publicado em minha Coluna semanal, no Caderno Cidades, Jornal "Correio Popular" de Campinas, dia 05/02/2009.
No início da semana a favela Paraisópolis, localizada na zona oeste de São Paulo próxima de uma área nobre do bairro Morumbi, foi palco de confronto entre a Polícia Militar e moradores.
O episódio começou depois de uma manifestação em protesto à morte de uma pessoa residente do local, no domingo, em uma ação da Polícia Militar, que segundo notícias, havia reagido à investida policial após cometer um roubo.
Com a chegada dos policiais, manifestantes fizeram barricadas incendiárias para impedir a ocupação da polícia e, ainda, jogaram pedras e atearam fogo a carros estacionados nas ruas próximas da região, além de atingirem prédios vizinhos.
Um residente do local afirmou à imprensa que um certo policial costuma abordar moradores e a eles creditar porte de drogas, caso não lhe pague o que é exigido, portanto, configurando, no mínimo, o crime de extorsão, praticado por esse representante da Lei. Essa denúncia, apesar de não estar diretamente relacionada ao confronto, deve ser apurada eficazmente pelos órgãos de segurança pública do estado.
A manifestação desse grupo de moradores me parece, envolve particularmente criminosos que se sentiram incomodados pela polícia. É fato que a polícia sempre deveria manter vivo um suspeito de crime e se fosse o caso, em resposta à reação desse, que atirasse para imobilizá-lo, mas não para matá-lo, como geralmente acontece.
É certo que a polícia, depois do confronto, precisa intimidar e controlar as reações de violência. Se isso não ocorre, os criminosos saem vitoriosos e mostram que são eles quem decide o que acontece no local. Em certas situações é preciso que o Estado mostre a sua força, para inibir prontamente a atuação do crime organizado.
A presença da polícia inibe ações criminosas e ela precisa mostrar-se continuamente.
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