quarta-feira, 9 de maio de 2012

Crianças Abandonadas

Crianças abandonadas - Jornal Correio Popular de Campinas Psicóloga forense e professora nas faculdades de Psicologia e Direito da PUC-Campinas 2012/05/08 Crianças que são abandonadas por seus familiares terão um destino incerto. Elas tanto podem ser adotadas por famílias afetivas e responsáveis quanto por pessoas que, ao adotarem, procuraram apenas atender a uma demanda do casal e não às necessidades de uma criança. Nesta condição, conflitos e problemas de diferentes tipos podem acontecer, afinal, a criança serviu apenas como “objeto do desejo” destes pais. Ultimamente a mídia tem noticiado casos em que crianças, que vivem com seus pais, são abandonadas por eles, tanto dentro de sua própria residência quanto em locais públicos. Veja-se o exemplo de um casal que se esqueceu do filho, de três anos, ao irem a um supermercado fazer compras. A criança, sozinha, ao tentar atravessar uma avenida foi abordada por populares que acionaram a polícia. Estes pais, só se deram conta da falta do filho ao chegarem em casa, depois das compras. Este episódio da infância sempre será lembrado, com sentimentos amargos que o abandono provoca. A criança, ao constatar que está sozinha, se sentirá rejeitada por seus pais. A rejeição poderá provocar, na vida adulta, sentimentos de insegurança e de desvalorização pessoal. Afinal, o que é precioso não é usualmente esquecido. Pais que utilizam drogas também podem deixar seus filhos em completo abandono. Veja-se que as drogas apenas potencializam características pessoais, como insensibilidade e agressividade. Desta forma, a droga não causou esta atitude descompromissada destes pais com seus filhos, mas mostrou a indiferença nutrida por eles na relação pai e filhos. Os progenitores que realmente amam seus filhos não os abandonam, em quaisquer circunstâncias. Deixar os filhos pequenos sozinhos, correndo riscos, é uma verdadeira prova de covardia.

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