terça-feira, 28 de outubro de 2014
Superar a amargura
Texto em minha coluna semanal - 28/10/2014.
No segundo turno eleitoral foi possível observar muitas pessoas com raiva e agressividade ao defenderem seus candidatos.
A eleição chegou ao fim e a presidente Dilma foi reeleita e, mesmo assim, muitos ainda permaneceram ofendendo e desqualificando amigos, conhecidos e parentes simplesmente porque escolheram candidato diferente.
É lamentável que pessoas, outrora queridas, demonstrem tanto asco por conta de uma eleição e desfiram ataques injustos àqueles que já lhe foram estimados.
Políticos podem simplesmente ignorar a ira recebida e superar obstáculos próprios do pleito. Já para os amigos e parentes, o excesso cometido pode deixar máculas desnecessárias.
A internet propiciou, sem dúvida, que rejeições às pessoas se tornassem mais facilmente possível.
Poucos conseguiram de fato discutir ideias, tanto os políticos envolvidos, quanto os seus eleitores. A democracia avança quando ofensas são deixadas de lado e não quando mentiras são dizimadas sem nenhum pudor.
Eleições nós temos a cada dois anos em nosso país e amigos, temos poucos, no decorrer de nossa vida. Vale muito mais preservar um amigo e uma pessoa querida do que defender um estranho que, como político, poderá futuramente decepcionar-nos em demasia.
Superar a amargura, provocada por insultos, será um desafio que deve sobrepor-se ao resultado da eleição presidencial.
http://correio.rac.com.br/_conteudo/2014/10/colunistas/maria_de_fatima/218370-superar-a-amargura.html
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