Covardia - Médico Assassino

Texto publicado em minha Coluna semanal, no Caderno Cidades, Jornal "Correio Popular" de Campinas, dia 16/12/2005.

É vergonhoso saber que Flávio Ricardo Baumgart Rossi, que espancou um bebê de nove meses em um Hospital Universitário, quando era estudante, agora não deve mais nada para a “justiça”. Não deve porque a pena que recebeu em 1993 prescreveu na última terça-feira. Ele foi condenado por tentativa de homicídio, mas fugiu ao ter a prisão preventiva decretada, na época em que cometera o covarde crime em 1989.
Ele não ficou preso um dia sequer e certamente foi viver com a tranqüilidade dos justos em alguma cidade aqui mesmo no Brasil. Inclusive afirmaram que ele fez cirurgia plástica para mudar o rosto, e quem informou isso, só se esqueceu de informar na época à polícia o seu paradeiro. Se isso tivesse sido feito, hoje ele não estaria completamente impune pela monstruosidade que praticou.
Será que ele terminou o curso de medicina em alguma faculdade brasileira? Terá ele mudado também de nome, além da fisionomia? Enfim, como estará esse sujeito ou seria melhor chamá-lo de “elemento”? Com certeza a vítima é quem está sofrendo, junto com sua família, as conseqüências de tamanha desumanidade cometida por um garoto mimado que contou com a proteção de seus pais. Se os seus pais fossem pessoas dignas e justas, jamais teriam permitido que ele fugisse impunemente, e ainda ter pagado as cirurgias que fez para não ser reconhecido. E o médico que fez as cirurgias, não sabia que estava ajudando um criminoso vil? Em uma história macabra como essa, é possível ver o mau caráter de tantas pessoas! E a justiça, até agora não fez a família desse sujeito abjeto pagar os dois salários mínimos mensais de indenização pelo crime. Pobre vítima, cega e marcada pela dor física e psíquica, que veio das mãos de um crápula e da benevolência da injustiça.