segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Toninho morto e a cidade sem explicações

Toninho morto e a cidade sem explicações Coluna Opinião que conta - Jornal Correio Popular - 11/09/2012 O prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos, foi morto brutalmente há 11 anos. Até agora a polícia não conseguiu solucionar o crime. As explicações dadas, desde o início das investigações, não convenceram e nem sequer explicaram os motivos e a autoria do crime. A mais ridícula de todas as conclusões, oferecida pela polícia, foi a de que Toninho dirigia de modo a atrapalhar a fuga de uma quadrilha. Se tal motivo fosse verdadeiro, teríamos várias pessoas mortas na cidade, sistematicamente, da mesma forma. É só dirigir, a qualquer momento, que encontraremos motoristas “segurando” o trânsito e nem por isso, eles são friamente assassinados. Até o momento eu não soube de ninguém que tenha morrido por este motivo na cidade, e, duvido que alguém tenha conhecimento de uma morte por um pretexto como este. Criminosos quando estão em fuga procuram não chamar a atenção, para não despertar ou facilitar a perseguição policial – quando esta existe, é claro. A polícia não estava por perto na hora do crime, portanto, não perseguia o bando. Deduz-se, portanto, que eles não estavam fugindo e não tinham tanta pressa. Caso houvesse interesse em realmente chegar aos homicidas, a investigação seria satisfatória, mas, ao contrário, ela foi um fiasco. Depois de tantos anos é muito difícil conseguir eficácia na busca dos envolvidos, visto que pistas já desapareceram, testemunhas – se é que existiram – não serão encontradas facilmente e todas as evidências que porventura haviam, já sucumbiram ao tempo. A premissa de que quanto mais o tempo passa, mais difícil de um crime ser solucionado, não pode ser menosprezada. A trágica e prematura morte do querido Toninho, jamais deveria ser esquecida na cidade, assim como, também não se pode esquecer-se de exigir explicações da polícia. http://correio.rac.com.br/correio-popular/opiniao/1032/0.html

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